A Chery nunca teve uma grande participação de mercado por aqui. Mas a retração nas vendas vem piorando a situação da marca chinesa. Os estoques estão lotados. E a solução encontrada pelos executivos da fabricante foi entrar em “layoff”. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a produção será suspensa durante pelo menos cinco meses a partir de julho.
O layoff é uma prática comum da indústria, na qual os trabalhadores entram em licença remunerada pela empresa. Os cerca de 140 funcionários que ficarão em casa são da área de produção e representam 90% do efetivo total do setor. Os demais vão atuar nas áreas de manutenção e adequação de uma nova linha de montagem. A unidade será preparada para a fabricação do Tiggo.
Segundo o sindicato, os trabalhadores são contra o layoff. Mas entendem que é a única alternativa diante do atual cenário. A preocupação dos sindicalistas é que este seja um mecanismo para garantir que não haja demissões. A proposta foi aprovada numa assembleia, na última segunda-feira, que deu aos trabalhadores a garantia de direitos e estabilidade de emprego.
Inaugurada em 2014, a fábrica de Jacareí já passou por algumas turbulências. Foram duas greves, férias coletivas e um outro período de licença remunerada. A unidade produz até 25 carros por dia. De lá, saem o QQ e o Celer hatch e sedã.
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